18 de julho de 2010

Banalização da Revolução: Entre e faça o que lhe der na telha!

(Após cerca de três meses de abstinência, vou voltar a falar baboseira, povo.)

Não sou adepto do “café filosófico revolucionário”, tampouco do filológico.

Minha ignorância permite apenas prestar atenção aos fatos que cercam as cenas ou simplesmente fazem parte delas, e ainda assim uso o pouco que resta do meu insight pra colocar algumas palavras banais em uma folha de papel, embora não sejam tão requintadas e bem colocadas como todos esperam de alguém que se pôs à prova de ensinar aos outros.

Falando em ensinar, o que ensinam os nossos supracitados cafés? Idéias de uma revolução contra um mundo que trabalha pra ter o que comer? Sentimento de repúdio contra as coisas que são má distribuídas entre a população do planeta em que vivemos? É, acho que um pouco dos dois. Mas será que todos os nossos ensaios serão bem vistos aos olhos dessa gente, excetuando-se, claro, a burguesia? Será que obteremos condições de fazer com que as pobres pessoas que, repito, trabalham para ter o que comer, larguem este pouco que lhes resta e juntem-se à massa em fúria, que incita, em algumas oportunidades, revoluções armadas e sem cabimento? Sangue não sacia fome de estômagos vazios, a meu ver. Pois então, proteste contra a matança de galinhas d'angola, contra o extermínio dos texugos do Bosque dos Vinténs, contra os tapas de Dona Florinda em Seu Madruga, contra o abuso de autoridade de certas pessoas, contra a falta de libido de sua esposa, mas utilize ao menos um pouco de bom senso.

A certeza que caminha comigo hoje é que sei alvejado por conta de algumas palavras aqui postas.

É uma pena, mas tenho consciência que minhas palavras não são tão belas como as canções de Jacques Brel, tampouco fortes como a arquitetura de Pathos Verdes III.

De maneira ou de outra, cá estão as minhas palavras, e elas registradas sei que não serão perdidas em algum lugar do tempo.

Saudações de algum tipo de movimento que ainda deve estar pra surgir na vanguarda da Juventude.

Abraços...

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