13 de outubro de 2009

LENÇOS, TEORIAS E NARCISOS

Eduardo Pereira
Créditos da Imagem: Blog Moça Fresca

Nossos corações rebeldes
se encontram no trânsito de emoções
e adrenalina misturada a heresia
de todos os dias

As vias se dilatam
afim de aumentar o fluxo
e esvair mais rapidamente
todo o mal que nelas reside

É criada uma imagem insensata
cheia de regras e pudores quebrados
como o espelho de narciso
refletindo tudo o que há de bom em si

Ou seria um outro ser
que tem tudo o que achas ser bom?

Uma certeza é o que tenho:
que agora, não quero mais
imaginar que um dia possa ver
o lenço laranja de bolinhas brancas
desprender-se e se perder no rumo do vento...

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Espelho de Narciso
Los Porongas
Composição: Diogo Soares

Venha ver
Venha ver
Veja na janela nela cabe
Sabe-se o que lá além dos
amanhãs
Venha ver
Venha ver
Sabe-se que lá além de hoje
Guarda o horizonte o nome de
amanhã
E é preciso precisão
O espelho de Narciso é
impreciso
Eu não sei, eu não sei
Quem se vê, é o que se quer
Fiz um barco a vela e decidi nadar
Quis janela e preferi fechar
Vem me leva até perto de casa
Que a casa é mais perto que o fim
Me leva pra longe de casa
Que o acaso é mais certo que o Sim.
A noite inteira é tão ligeira
A noite é tão ligeira e não
espera não

Um comentário:

Greta disse...

Seremos absolvidos pelo tempo.
rsrs