15 de abril de 2010

Guarda

Não, não estou de campana.
E mais: Não sou apto a tecer julgamentos.
Concordo com teus anseios de viver a vida intensamente, pois o que se perde é só o tempo.
O que é relevante a essa hora?
Todos tem pensamentos lúbricos, às vezes.
No âmago de cada ser, só ele próprio se conhece.
Cubra-se, esconda-se em sua redoma.
Olhará para os lados e nos verá através de um vidro...
Tudo o que nos pertence é o que pensamos,
E nada nem ninguém vai nos tirar isso.
Ainda que me odeie, vai lembrar de mim por isso.
Por ser tão lasciva quanto eu...
Mesmo que me odeie, vou te fazer ver que nada está como pensa agora...
Uma parte que em sua confissão, te completa. Só isso.
Nossos pés jamais estiveram acorrentados.
Não devemos ir mais fundo do que onde já estamos.
Nunca quis um título de posse...
E conhecer não foi invadir teus pensares.
Nunca fui dominador (intencionalmente)...
Conseguiste alguma vez mudar alguém?
Minha maldade já me conferiu o título de mestre da mágoa.
Meu caminho não é o mesmo que o seu, mas tem o mesmo fim.
Os passos são muito parecidos.
Ainda que me odeie, vai pensar em mim daqui um tempo...
Vai pensar porque não quis realizar nossos planos...
Sou apenas um amante...
Que não tem pés acorrentados ao chão,
Mas que quer voar acima, nunca abaixo...
Cremos no que queremos...
E nunca vou saber ao certo no que crê...