13 de setembro de 2011

Jogado às traças



E, mais uma vez, jogado às traças,
Naquela antiga e valorosa esperança de um dia ser "melhor pra você".
Enquanto sua  espera é amarga e longa, à medida que não merece,
Come a fruta e eu sinto o gosto que passa por suas papilas.
Cá estou eu, só para as traças.
Esta que nem sequer se esforçam para roer o meu "tecido".
Não querem sentir o mesmo gosto da sua boca.
E nessa sua espera, o ego supera a tudo e a todos,
nos dizendo o quão bom foi o tempo em que a língua sabia o que era o doce.
Então desde que optou por seguir seu mártir, parece estar bem...
Como se fosse fácil, como se fosse uma transferência de carga.
Eu sofro, tu sofres, ele não sofre...
E nessa conjugação que só uma pessoa ganha, vamos contando com mais espaço entre nós.
Afinal, como sempre foi, a escolha é só sua e só uma.
E que assim seja, até um dia desses, quem sabe...

30 de agosto de 2011

Trinta

"- Quantos anos você tem?
 - Quase trinta..."
E meus últimos trinta dias se parecem muito com trinta anos, se eu olhar pelo tempo "psicológico"
Cada dia aparenta ser um ano, dadas as circunstâncias, que cada vez mais me fazem sofrer amordaçado.
Eu penso várias vezes em jogar tudo pro alto...
Eu penso várias vezes em deixar tudo o que me aflige...
Porém, algo mais forte que eu insiste em dar com a cabeça em quinas.
A pergunta da vez é "É preciso declarar?"
É preciso sim.
Quando está feliz, declare.
Quando sofre, declare.
Quando não quer, declare.
Quando sentir saudade, declare.
Quando acabar o encanto...
Principalmente este, declare.
Assim, quem sabe, o sofrimento dure bem menos que...
Trinta.